Wednesday, October 7, 2009

África!!


Em breve...

relatos do continente africano....

Voltei de Marraquexe!

Saturday, September 26, 2009

Thursday, September 24, 2009

Tuesday, September 22, 2009

1 quarto: 4 continentes...


Na chegada ao Hotel conheci as minhas colegas de quarto: uma norte-americana, uma indiana e uma marroquina. Durante toda a estadia demo-nos todas muito bem apesar de ter de reconhecer que me identifiquei mais com a norte-americana com quem travei amizade e passei mais tempo.

Os dias que se seguiram forma absorvidos da manhã à noite em actividades ligadas à conferência, entre apresentações e um sem fim de cerimónias e espectáculos de abertura, encerramento, nocturnos, acompanhamento de almoço... Sem descanso assisti a performances de takewondo, concertos de música clássica, dança pop, fogo-de-artifício, quedas de água, participei um quiz mundial e acendemos todos velas pela Paz mundial.

É difícil destacar um momento de entre os enunciados, mas a presença de um sub-secretário-geral da ONU e estar a poucos metros do primeiro-ministro sul coreano numa linda cerimónia digna de Hollywood e performances de nos deixar de boca aberta, fica marcada.

Tal como ficou o momento em que jovens de todo o mundo cantámos a uma só voz pela Paz no Mundo...


São momentos inesqueciveis e memoráveis que nos últimos meses não escrevi, arrumei cuidadosamente num baú da minha memória.... Por descuido? Por desleixo? Provavelmente por tudo parecer não ter passado de um sonho intenso, vivido em menos de uma semana, numa época conturbada da minha vida e pelo facto de pela primeira vez ter sentido um verdadeiro choque cultural...

Sunday, July 12, 2009

Por terras coreanas


Da estadia na Coreia do Sul muito ficou ainda por relatar… e antes que venha daí nova viagem… vamos ver se avanço com isto recorrendo à minha memória…

Bem, da gripe já percebemos que eles se adiantaram a nós. Então e o resto?

Despachada a papelada e convencidos que diamantes, gripe A, mexicana, ou vírus H1N1 não me acompanhavam desde Portugal consegui finalmente sair do aeroporto quase às 7h da manhã (23h – hora portuguesa).

Entre ligar os telemóveis, identificar o ponto de encontro empatei algum tempo.
O cheiro naquele país era… bem… certamente o odor asiático é diferente do europeu e tal é perceptível às minhas narinas que felizmente rapidamente se habituaram.
Pele heterogeneidade do tom de peles e fisionomias rapidamente nos juntamos um grupo de jovens que vinham todos ao mesmo. Já os nossos anfitriões atrasaram-se um pouco e, entre muita azáfama e dúvidas que caracterizaram os primeiros dias, vieram a demonstrar-se cicerones incansáveis e esforçados.
Do aeroporto apanhamos um transfer para perto de uma universidade onde o outro autocarro do Resort nos foi buscar. Check-in, acartar malas… Quase uma manhã se passou neste rodopio.
O Resort ficava a cerca de duas horas de Seul! Num bairro de aspecto nada agradável e apesar dos baixos níveis de criminalidade fomos aconselhados a não atravessar sozinhos os portões do Hotel. Lá, para minha surpresa havia um campo (acho que isto tem outro nome) de golf!! Qual Algarve!

Pânico: eu fiz 15 horas de viagem para ficar um dia inteiro fechada num Hotel? Nananinão!
Oh desculpem lá meninos simpáticos e de olhos em bico, eu tenho uma entrevista às 15 horas com o Embaixador de Portugal! Ehehe
E lá os convenci. Ninguém me acompanhou. Chamaram um táxi que me deixou numa estação central onde deveria apanhar um metro que demoraria cerca de hora e meia até à minha paragem e depois novamente táxi para a embaixada.

Só destas duas horas poderia escrever um testamento. Tentemos por tópicos:
- 1º Táxi: assustador pois não falam mesmo língua nenhuma de onde se adivinhe um som, excesso de velocidade, passar semáforos vermelhos, atravessar pontes de madeira (de quilómetros, não eram 2 metros) por cima de arrozais ou algo parecido… buzina menos buzina, tempo a passar, tarifa a aumentar e…. Finalmente: estação central de Swan onde há imensa gente, shopping center… Aquilo a que nós habitualmente chamamos civilização…
- metro: ajudar um ocidental parece ser motivo de orgulho para uma determinada geração coreana que apesar de arranhar o inglês é incapaz de se exprimir. Lá consegui convencer duas jovenzinhas coreanas a desviarem-se do seu caminho e a me comprarem o bilhete: vitória 1. Depois de passar as cancelas e completamente incapaz de perceber que linha era qual e para que sentido ía (confesso que nunca me senti tão incapaz em país algum, em situação alguma) comecei a perguntar a todos os que passavam se falavam inglês, qual vendedora de escada de metro. Prestes a entrar no desespero houve um jovem que se aproximou de mim e me perguntou se precisava de ajuda (Deus existe!!! Não que eu tenha dúvidas mas às vezes…). E pronto, bem encaminhada lá me acompanhou no metro durante cerca de 1 hora.
Felizmente o metro era de superfície pelo que me permitiu ter uma primeira noção do país. Quanto à conversa fiquei a saber que o rapaz estudava engenharia, tinha estado seis meses nos EUA em casa de uns primos e por isso falava tão bem inglês e tinha compreendido o meu problema! Lá perguntou de onde eu era e por que razão tinha percorrido meio globo sozinha para lá ir parar. Perguntou-me se tinha namorado e falou-me um pouco da vida de estudante na Coreia. Acabou por ser agradável não passar todo aquele tempo sozinha. No resto da carruagem foi possível ver os olhares incriminadores (ou pelo menos assim me pareciam na altura) por um coreano ir a falar com uma jovem ocidental que viaja sozinha.
2º táxi: Ai vida. Dei com a paragem, dei com a saída. Meti-me num táxi e apontei para o papel com os contactos da Embaixada de Portugal e …. Esquece lá isso! Nem com o GPS ele lá chegava (e afinal ficava a dois quarteirões dali). Fala, fala, fala. Para não variar não percebi nada. E saca do telemóvel! Apesar de implorar a dizer não, não, não…lá telefonou para o telefone da embaixada que estava no papel a perguntar o caminho e me deixou à porta do edifício com a bandeira do meu Portugal que apesar de o ter abandonado nem tinha 24 horas já me sentia a anos de distância de tanta aventura e emoção.

E assim foram as minhas primeiras horas. Só daqui podemos ainda tirar muitas impressões sobre o trânsito, as lojas, as pessoas e o sentimento de uma jovem armada em aventureira a passear-se sozinha em terra de mísseis!

Monday, May 25, 2009


Tou feita ao bife!
Inglês esquece. Ocidentais quase nenhuns.
As crianças coreanas parecem ter um estranho fascínio por mim.
Papelinhos e mais papelinhos para preencher. As pessoas andam de máscara na boca, formulários sobre o estado de saúde e já me tiraram a febre.


03/05/09

Monday, May 18, 2009


Logo após a chegada ao aeroporto de Lisboa foi possível perceber que esta não seria uma viagem como as outras. Entrei no continente asiático há cerca de uma hora. Reconheci ao acordar e ver no ecrã que acompanha o voo, que sobrevoávamos os Urais!
Mas voltemos em analepse. Parti de Lisboa no primeiro voo do dia, manhã ou madrugada que me exigiu comparência no aeroporto antes das 5h da manhã.
O voo vinha cheio, muito ao contrário deste onde me encontro. No check-in ao constatar que a minha visita à Alemanha era breve e tinha como destino final Seoul, a senhora lamentou não ter lugar à janela disponível.
Foi com surpresa que ainda antes do embarque ouvi chamar o meu nome ao balcão de embarque. Trocaram-me o bilhete por um bom lugar à janela. Na chegada ao aeroporto de Munique, meu velho conhecido de outras andanças, facilmente me dirigi à nova porta de embarque passando pela alfândega. Aqui, para minha surpresa, foi em português e ela era alemã) que me disseram: “Obrigada”.
O tempo de espera foi o ideal. Suficiente para a compra de três cartões já com destino traçado (e em alemão), compra de um sumo e um gelado.
O habitual telefonema para casa. Câmbio de Euros para Won (moeda coreana 1€ =1200Won) pelo que tenho milhares na carteira.
Foi ainda tempo de ligar o meu telemóvel que já não terá rede na Coreia (ver nota explicativa futura) e enviar algumas mensagens de despedida final, informar a Nora que estava por pouco tempo no seu país e ler uma outra mensagem que já me esperava…
E pronto. Embarquei rumo a Seul num avião cheio de coreanos e onde a barreira linguística e cultural (alimentar) já se sente. Dois assistentes de bordo são coreanos e pelo menos ela fala um inglês rudimentar, pelo que prefiro a assistente alemã com quem falo em alemão em substituição do inglês. Li na sua identificação que também fala italiano, mas na impossibilidade de falar a minha língua, não é preferível o alemão enquanto tiver vocabulário para manter o diálogo?
O almoço, aqui já jantar, já foi uma cruel opção entre dois pratos coreanos. Um arroz com legumes e carne de vaca e noodles com carne de porco. Na dúvida, e uma vez que não sou grande carnívora optei pela vaca.
Na sua generalidade sem sabor salvava a carne e os cogumelos aos quais chamamos por cá cogumelos chineses.
Adormeci.
Acordei passado 3 ou 4horas já no meio da escuridão. À chegada já tinham sido distribuídas pelos lugares as almofadas e cobertas.
Adormeci com música nos ouvidos, Uma opção de música infantil alemã, francesa, italiana, inglesa…
Acordei e demorei uns segundos a saber onde estava, Tinha na boca um terrível paladar a comida chinesa….
Já não deve faltar muito para chegar (considerando as horas de voo). Idealmente irei ler um pouco e ver se me chega novamente o sono. Quando chegar terei uma longa espera no aeroporto pelos meus anfitriões e depois um longo dia: check-in no Resort, ida para Seul, visita ao embaixador e a pelo menos dois palácios perto da embaixada.
Espera-me a aventura de conseguir lá chegar a horas e de conseguir regressar ao Resort isto tudo com o tremendo jet lag. Será um dia solitário, tal como foi a viagem.
03/05/09